Thursday, November 7, 2019

Lacrimosa

I can´t change who I am.
And in this short life
there is no time to waste.
You can blame it on me.
And set your guilt free
of all the things I can´t repair.
I don´t want to hold you back love
So you can blame it on me.
I can´t change who I am.
I won´t lie to keep you near
there is no time to waste on me.
I believed in you once
and gave up everything to have you.
So many things crawling inside me.
So much pain taking over.
Set your guilt free
as I cannot change who I am.
I can carry the pain for both,
no need for you to be here.
It drags me under and it will drown you too.
I know you can fell me
I can taste it in your tears.
Say goodnight baby, don´t be afraid
I know you hear me.
Safe inside, all my thoughts are of you.
So say goodnight... and set yourself free...




Not me, not here

No, don´t knock on my door
Let me be, I´m not here
No, don´t carry on knocking
I just said, I am not here
No, don´t pretend you care
You´re not wanted, I´m not here
No, don´t ask me to speak
I do not wish to talk about it.
Let me be, I´m not here
No one can take the pain away
So please don´t come near me

Just let me be.

Deixem-me ser

Sou um caco.
Assim, imperfeito.
Pedaços de mim colados
Por quem na minha vida passou.
Cada veio, cada lasca,
histórias de mim...
Esta sou eu.
Assim, imperfeita.
Não me façam comportar
Não me calem
Sou quebrada, mas só
Não me conformem
Não me encaixem
Não me vistam
Não me dispam
Não me pensem
Não me tentem.
Deixem-me estar.
Só quero estar.
Não me digam para ser igual.
Não me interpretem.
Sou assim, imperfeita.
Vaso quebrado e colado.
Vezes sem fim.
Não me prendam
Não me fechem
Não me torturem
Deixem-me estar.
Só eu sei quem vive cá dentro.
Eu sou eu.
Sem rodeios, sem flores
Sem roteiro e sem guia.
Eu sou eu.
Igual a ninguém.
Deixem-me ser.
Eu não pertenço...

(H.H. 22/07/19)

O meu nada

Sufoco...
Acordo todos os dias com um nó na garganta
Um peso no peito que não me deixa nunca
Sufoco...
A vida passa por mim sem que eu a agarre
Este vazio na alma que me rói e me engole
Sufoco...
Vejo a luz da minha vida crescer e eu, aqui
Vazia de tudo e cheia de nada
Sufoco...
Por não me conseguir libertar destas grilhetas
Crivadas na minhas mãos e pés.
Quero gritar mas nada me sai
Quero chorar mas nada me cai
Seca que estou de sentimento
E sufoco...
Arrasto-me pela vida
Não a saboreio, não a sinto
Mal a vejo.
E eu quero tanto ver!
E sentir. E ser!
Sem medo. Sem dor. Sem vazio. Sem negro.
Mas o passado prende-me.
E sufoca-me.
E se um dia eu gritar toda a dor que trago em mim?
Será que a terra chora comigo?
É triste estar aqui. É só. É escuro.
É frio. É pó e cinza.
É tudo e nada.
E eu quero sair.
Deixem-em sair.
Não quero sufocar mais...

(H.H. 22/07/19)